do que é feita a fumaça

Elétrica tessitura de enguias

Borboleta despida ao fundo de si,
ao que habita um corpo.

Pela fumaça, a noite
Bruma e lua clara da alma

Sobre dar ar ao encontro de duas asas muito entregues ao numinoso sopro de si.

Vejo o passado assumindo sono profundo,
de tombar desaparecimentos e esquecer

enaquanto ciganas
cantam seus desdobramentos

Oceânicas do próprio nascimento
alto cume
montanhoso momento

pertencimento.

Saltam
mergulho ao profundo toque
do dar espaço
acontecer é deixar
encontro.

Ninho de libertar pássaros,
ao encontro discreto
onda noturna,
branco escuro da beleza espuma.

Voa noturna criatura,
ser peixe ou pluma.

Adentram a ousada bruma,
flutua encantamento de dançar nua.
  
Despertar do pássaro carne de si
suavidade entregue ao beijo do mar que não se pode pegar,
ou fugir.

Sobre adentrar e sorrir


Borboleta tua
sou alma
nua de


MAR




Comentários

Postagens mais visitadas