ver-me

comprimindo a estrada, 
ele lhe cavoucava  a voz do peito. 
implosão de ruir dentro ao epilético do corpo contra todas as paredes da pele.
lançava silêncio á nudez das coisas de dentro. 
ela enfiou a mão pela garganta retirando o retorcido inquilino, 
ladrão da liberdade alada do peito. 
devolveu ao verme a luz dos dias de todo equívoco com que lhe confundia os ritmos do sentido.
ele lhe inclinava á pulmões de moer brasa e ceder ao mal uso da vida, 
sugando-lhe o brio quando a voz habitava tão viva o caminho alinhado dos pés.

ver-me


seu nome é dor.

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