Da queda

Meu peito,

Matas ausência, todo o ar
por onde demoram as asas do pulmão
difícil tecitura do presente
buscador da integração

Hoje calei á sumir da própria vista,
chorei pelas costas a despedida,
pelas vestes, a miragem do corpo,
sumi da terra, da pele desfiz a forma,
surgi em gotas miúdas de pegar o escorregadio.

Para saber-me a dança, cedi as horas cansadas do medo
em pernas travadas por pausas eternas.

Cheguei-me muito perto da lua,
mergulho lunático do perder-me razão.

Por onde fui,
fugi à carne.

Desapareci da vinda olhei a ferida,
voltei à superfície

divina
nasci


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