ave noturna

não se importa

conversam banalidades ao fundo

ilusão sentada á mesa 
onde se habita sozinho 

refeições e repouso
escorrem pelo ralo do banho

é noite 
no quarto
um aquário pessoa

vazio interesse 
do corpo-junto-ao-meu

não lhe acompanha a silhueta
escoa pela porta 

o desejo
se apoia ferido

representação
distâncias de si

seu calabouço

do coletivo 
a sombra habita o porão
ar das questões práticas

sentimento desinformado da convivência

o saber de si 
enterrado ás fundações da casa 

ela desfaz o rosto 
indagador em silêncio

apagada ao quarto 
brota a mentira
seu fardo

do esqueleto
o esquecimento
ganhou pele

asas aguardo



















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