infância

Corpo espontâneo de criança

Filha única do vento
água marinha
mãe constrangida

Ela cala a dança
que toca o corpo

descoberta
da menina

Da concha os dedos do passado
guardando fundo o calado 
ela desperta na grama, envolta por capim molhado, bosta e neblina

Estouro de cavalos cruzando a menina
de calcinha e botas
sonâmbula e esquecida

Cabelo solto emaranhado
Entre as pernas
rio e língua

O silêncio dos porcos como sina


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