das paredes do corpo

á deriva
tomba o corpo feminino

avista ao longe
da janela
o silêncio da grande pedra

horizonte azul
da frase porvir

espera

das paredes ocas
criou-se muda

o vermelho descamando a pele da voz
a presença que foge

brota vazio
pulsa o escuro
das veias

afunda

o sentir nu 
da ponta dos dedos

a espessura

nadar
é abandonar ao fundo o que não mais está


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