vazio

órbita dos olhos
pesando a cavidade

sonhei um buraco
desses que se abrem ao chão quando tudo acaba

o edifício espelhado se inclinava ao corpo do homem a passeio com seu cachorrinho. desses que se senta numa praça para ler o jornal enquanto o cãozinho late simpático aos passantes.
nesse dia, foram soterradas, as pessoas serenas,
ao buraco aberto pelo concreto da praça implodido.

afundavam na terra que as sugava sem som

ela observa a cena paralisada


o trauma asfixia

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