peregrina
Deixou-se existir pela primeira vez na inconstância de seu
coração.
Era grande e selvagem o solo por onde voavam os pés.
Pisavam
caindo fundo para o mundo das palavras descabidas.
Ao tornar-se voz, lhe faziam cócegas de rir alto o silêncio,
feitas de acontecimento na pele macia.
Algo de fogos de artifício lhe
aguçava o peito, explodindo milímetro à milímetro
o desconhecido das
práticas, em todas as certezas nuas.
Sorria grande, ampliando inteira a visão de todas as contradições lindas,
de verdade firmada no que sabia sentir, mas não lhe cabia.
Agradecida, sorria a continuidade expansiva,
com beleza de quem controle, à nada tinha.
mas vida.
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